terça-feira, 26 de setembro de 2023

O que está faltando em Fuzuê?

Marina Ruy Barbosa (esquerda) e Giovana Cordeiro (direita), irmãs e rivais em Fuzuê (Foto: Divulgação/Rede Globo)


Com mais de um mês no ar, a novela das 19h da Rede Globo, Fuzuê, ainda precisa provar seu potencial. A trama assinada por Gustavo Reiz enfrenta problemas - e não me refiro a números de audiência. 

Com um argumento descontraído, um contexto exagerado, e personagens espalhafatosos, a novela abraça a proposta de ser uma farofa com direito a cena de bolo voando pelos ares. Porém isso não é suficiente.

Novela apela para o cartum, porém é indiferente (Foto: Reprodução/Rede Globo)

Enredo não empolga

Com quase quarenta episódios, o folhetim carece de um desenvolvimento mais sólido. Nesse percurso até aqui, a trama é preenchida com esquetes nos núcleos secundários, e uma inércia irritante que persegue os personagens principais. Isto é, tudo parece estar igual ao que foi apresentado na primeira semana da comédia.

Diante disso, é preocupante o fato que em um mês a novela ainda não teve fôlego para avançar a história. Nos próximos capítulos estão previstos novos ares com o retorno de Maria Navalha (Olivia Araújo) . Será que esse acontecimento vai mudar alguma coisa? Espero que sim.

Nem o romance dos protagonistas salva Fuzuê (Foto: Reprodução/Rede Globo)

 

Falta emoção

Uma boa história captura o carinho do público pela emoção, essa é a raiz do folhetim. Mesmo que seja um recurso conhecido, o que move a audiência a seguir acompanhando é o que se prevê pelo desenrolar dos acontecimentos. Isso faz com que o público espere ansiosamente por alguma catarse. E para existir um grande momento, é preciso, antes de tudo, uma construção. Nesse caso, infelizmente, sinto que a atual trama das 19h tem muita dificuldade. Não houve construção do casal protagonista. Os vilões estão há semanas fazendo planos e nenhum resultado. E esse mistério sobre o tal tesouro não empolga.

Está salvando 

Nesse caos, o que salva é a direção artística de Fabrício Mamberti. Sem dúvidas, o diretor é capacitado para trazer técnicas visuais que conversem com o estilo da obra. Seja no uso da movimentação das câmeras, na preferência por slow motion, ou ainda em enquadramentos assertivos, a direção consegue um bom resultado.

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